segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Carla Sónia Lopes da Silva Serrão - A educação sexual nos territórios educativos e no currículo escolar, de que forma?

Resumo

Apesar do significado nuclear das inovações operadas ao nível do macrossistema no que diz respeito à Educação Sexual (E.S.), o envolvimento das escolas e dos/das professores/as é ainda insuficiente. Veja-se a título exemplificativo o estudo de Serrão e colegas (2006), em que se concluiu que apenas 40,8% dos/das professores/as inquiridos/as se envolvem neste processo, somente 28,3% (no estudo de Ramiro e Matos, 2008) e apenas 27,7% (no estudo de Reis e Vilar, 2004) dos/das professores/as promovem acções de E.S..
A par destes resultados, outros permitem dar conta da inoperância da E.S. nas práticas quotidianas destes agentes, mostrando efectivamente que a sua promoção se caracteriza: pela dispersão e pela ausência de continuidade; pela sua não integração no quotidiano escolar; por ser uma actividade exclusiva dos/das professores/as interessados/as e motivados/as em levá-la a cabo; e por ser dirigida apenas a um conjunto muito restrito de estudantes (conforme resultados apresentados pelo GTES, 2007b).
Ora, sendo a E.S. um direito, um dever da escola e de todas as instituições sociais, propomo-nos reflectir sobre a sua construção. Construção esta, que deverá ser integrada num espaço local específico, onde os diálogos e a co-responsabilização se traduzirão em efectivas oportunidades para redução das desigualdades e assimetrias e para o desenvolvimento pessoal e social do indivíduo.

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