segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Catarina Almeida Tomás, Ana Bernardo Gama - Cultura de (não) participação das crianças em contexto escolar

Resumo

A análise da participação das crianças e suas articulações com as instituições para a infância, especialmente a escola, é actualmente um dos temas mais expressivos nos estudos educacionais e sociológicos da infância. Pese embora a sua complexidade, torna-se cada vez mais urgente e necessário ouvir as crianças relativamente à sua acção e agência no espaço social onde passam mais tempo, a escola. Esta urgência advém da mudança de uma perspectiva paradigmática que considerava as crianças como objectos de intervenção, sem acção política, para uma perspectiva paradigmática que considera as crianças como actores sociais com direitos, nomeadamente os que estão consagrados na Convenção dos Direitos da Criança (1989), nomeadamente o artigo 12 (direito de expressão), o artigo 13 (direito de informar e ser informado) e o artigo 15 (direito de associação.
Esta comunicação apresenta um trabalho de investigação com carácter exploratório desenvolvido em cinco agrupamentos de Escolas da cidade de Lisboa, alguns dos quais com programa TEIP, e teve como objectivo central extrair algumas considerações, ainda que provisórias, sobre a (não) participação das crianças em contexto escolar. Para o efeito, analisamos os discursos de vários actores: direcção, professores, assistentes operacionais, associação de pais, animadores socioculturais, mediadores e associação de estudantes sobre a participação das crianças: concepções, representações e acções.
O trabalho empírico foi desenvolvido em contexto escolar, de forma a contribuir para a desconstrução da ideia de que "as escolas são os mundos dos professores nos quais as crianças são hóspedes temporários" (Wyness, 1999).

Artigo

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